Se o fim do mundo começasse pelo Brasil, as obras para o evento estariam atrasadas, seriam vendidos abadás para o público, o show de abertura seria com a Claudia Leite e metade dos ingressos estariam nas mãos dos cambistas. Quem quisesse um local privilegiado para assistir de perto teria que gastar uma grana e para estacionar o carro com segurança, só pagando o valor exigido pelos flanelinhas.
Muito se fala em fim do mundo, toda semana tem um louco prevendo um novo fim. Pra ser sincero, não sou contra a ideia, desde que isso aconteça na hora do programa zorra total. Por essa lógica o fim do mundo não é tão ruim assim.
Imagine você com uma camisa “Fui pro fim do mundo e voltei” ganharia moral em qualquer rodinha de amigos.
No facebook seria sucesso total, afinal, nunca vi um lugar para reunir gente que gosta de curtir desgraça alheia.
Se o fim do mundo escolhesse o Rio de Janeiro para ser sede da cerimônia de abertura ficaria assustado com a violência e cancelaria mais uma vez o evento.
Se fosse em São Paulo desistiria na primeira hora parado no trânsito. No Rio Grande do Sul não se atreveria a passar, afinal, quem tem c*, tem medo.
O Acre ficaria de fora por ser muito longe e quem liga para o Acre sem ser seringueiro? Em Minas Gerais certamente seria convidado para fazer dupla com algum cantor sertanejo.
Mas o melhor disso tudo é que se o fim do mundo fosse realmente no Brasil certamente algum político arrumaria um jeito de desviá-lo. Porque desvio por essas terras é a nossa especialidade.
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