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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ótima utilidade pouco divulgada.


Escolher o vestuário e combinar peças de roupas, sem necessitar do auxílio de outras pessoas, se tornará uma atividade mais rápida e prática para os deficientes visuais. Pelo menos, essa é a proposta do cabide-visão, um projeto desenvolvido por uma empresa sediada em Petrópolis, com o apoio da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. O inovador cabide possui um chip, onde são gravadas mensagens sonoras de 20 segundos com as características da peça, podendo informar detalhes de cor, formato da roupa, tipo de tecido e até para qual clima o vestuário é mais apropriado. Para acionar o “cabide falante”, que é feito de resina e madeira reciclada, basta apertar um botão localizado abaixo do ganho.
- O cabide foi criado com o objetivo de facilitar o cotidiano dos deficientes visuais e de pessoas com baixa visão, que poderão escolher e coordenar suas roupas de forma independente. Com ele, o deficiente visual poderá fazer o registro sonoro contendo a descrição da roupa, como por exemplo, “camisa amarela com listras na vertical, boa para o calor”. Depois, é só apertar o botão para reproduzir a mensagem toda vez que pegar o cabide. Além disso, o produto tem formato anatômico, elaborado pelo designer Augusto Casari, que é bem fácil de manusear - explicou Adriana Semola, gestora da empresa e idealizadora do projeto, ao lado da irmã Cristina.
Há também outra versão mais simples do produto, em que uma fita preenchida em braile traz as descrições das roupas.
O protótipo do cabide-visão foi levado para a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara), em São Paulo, a fim de que os deficientes visuais pudessem avaliar sua eficiência. Segundo Adriana, o resultado do teste foi recompensador.
- Fomos até lá para testar a aceitação do material e vimos que as pessoas não só apreciaram o projeto, como também se emocionaram. Recebemos várias sugestões de como deixar as descrições do cabide-visão mais bem-humoradas e até mesmo de como expandir a ideia para outras áreas do cotidiano. Isso nos fez perceber o valor do nosso produto. Há mais de três milhões de deficientes visuais no Brasil e quase não há projetos desenvolvidos para eles. Para quem não consegue enxergar, vestir roupas com a combinação adequada é, no mínimo, uma tarefa complexa – disse Adriana, que também levará o cabide-visão para ser testado no Instituto Benjamin Constant, na Urca.
O cabide ainda está em fase de finalização, mas o plano é produzir uma tiragem de 500 unidades para ser apresentada na feira internacional ReaTech - dedicada às tecnologias de reabilitação e acessibilidade - em abril deste ano.
- Queremos avaliar a receptividade do cabide-visão no mercado e, de acordo com a aceitação, também calcular o preço do produto. Por enquanto, o chip que utilizamos vem da China, o que não é ideal. O nosso objetivo é produzir uma mercadoria com tecnologia e materiais 100% brasileiros. Até porque, isso vai eliminar os custos de importação e resultar num produto mais barato e acessível para todos - explicou Adriana.
O projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio Ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro, da Faperj, e contou com recursos financeiros do Sebrae-RJ e da Firjan-RJ. No total, o investimento foi de R$ 118.200,00
- Além de nos auxiliar com o fomento ao projeto, através do Edital, a Faperj também está ajudando muito no trabalho de divulgação do produto. Sem esse apoio, não teríamos conseguido concretizar a ideia – afirmou Adriana.
Fonte: Bruna Machado.

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